A visita de Trump à Arabia Saudita e o novo Oriente Médio

Ano VI, nº 103, 11 de junho de 2025  


Por Mohammed Nadir, Isabella Werneck Zanon, Gabriel Soares, Marcelo Braga Marco Junior, Allie Terassi, Amanda Cristina da Silva

(Imagem: Pexels)


Trump 1 e Oriente Médio


O mandato presidencial de Donald Trump (2017-2021) foi marcado por decisões significativas que moldaram a política dos Estados Unidos no Oriente Médio. Sua abordagem refletiu tanto continuidade quanto rupturas em relação a governos anteriores, revelando um padrão assertivo e, muitas vezes, unilateral nas relações com países e conflitos da região.


A eleição de Trump em 2016 despertou expectativas e preocupações no Oriente Médio, especialmente devido a suas declarações de campanha que indicavam mudanças profundas na política externa dos Estados Unidos (BBC, 2016). No início do mandato, em fevereiro de 2017, Trump intensificou tensões com o Irã ao impor novas sanções econômicas ao país, sinalizando uma postura mais rígida que contrastava com a diplomacia anterior de Barack Obama (AGÊNCIA BRASIL, 2017a).


Em 6 de abril de 2017, após o ataque químico de sarin atribuído ao governo sírio de Bashar al-Assad, Trump ordenou um ataque limitado com mísseis de cruzeiro contra uma base aérea síria. A ação ocorreu após a Rússia bloquear medidas no Conselho de Segurança da ONU contra o regime sírio, evidenciando a disposição de Trump para ações unilaterais justificadas pela aplicação da Convenção sobre Armas Químicas (FOLHA DE SÃO PAULO, 2017).


A primeira viagem internacional de Trump, em maio de 2017, refletiu suas prioridades regionais ao visitar a Arábia Saudita, Israel e a Cisjordânia, reforçando alianças tradicionais e buscando consolidar a luta contra o Jihadismo (AGÊNCIA BRASIL, 2017b). A luta contra o Estado Islâmico (ISIL) foi acelerada significativamente sob sua administração, com avanços substanciais na recuperação territorial (AGÊNCIA BRASIL, 2017b).


Ainda em 2017, Trump tomou a controversa decisão de reconhecer Jerusalém como capital de Israel em 6 de dezembro, iniciando a transferência da embaixada norte-americana de Tel Aviv para Jerusalém, ação que provocou críticas internacionais e aumentou tensões regionais (G1, 2017).


Em maio de 2018, Trump anunciou a retirada dos Estados Unidos do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA), conhecido como Acordo Nuclear com o Irã, agravando ainda mais as tensões regionais e desencadeando preocupações sobre segurança nuclear (G1, 2018).


Em junho de 2018, os Estados Unidos anunciaram sua retirada do Conselho de Direitos Humanos da ONU, sob alegação de viés contra Israel, aprofundando sua abordagem unilateral na política externa (AGÊNCIA BRASIL, 2018a). Posteriormente, em julho do mesmo ano, Trump e o presidente russo Vladimir Putin se reuniram em Helsinque para discutir, entre outros temas, a guerra civil síria, destacando a centralidade do conflito na agenda internacional (AGÊNCIA BRASIL, 2018b).


No final de 2018, Trump anunciou a retirada das tropas americanas da Síria e solicitou um plano para reduzir pela metade o efetivo militar no Afeganistão, indicando um recuo estratégico e promovendo debates internos sobre segurança regional e estabilidade futura (DW, 2018).


Em 23 de março de 2019, o governo Trump saudou cautelosamente o colapso territorial do Estado Islâmico na Síria, embora enfatizasse a necessidade de vigilância contínua para evitar ressurgimento do grupo terrorista (EL PAÍS, 2019). Entretanto, em outubro do mesmo ano, Trump ordenou a retirada das tropas americanas do norte da Síria, região controlada pelos curdos, o que permitiu à Turquia invadir e combater grupos curdos locais. Os EUA responderam impondo sanções à Turquia, uma aliada da OTAN, gerando controvérsias internas e externas (G1, 2019). Trump justificou posteriormente a presença militar americana na Síria, mencionando explicitamente a proteção das reservas de petróleo como motivo principal (THE GUARDIAN, 2019).


Em fevereiro de 2020, os Estados Unidos assinaram o Acordo de Doha com o Talibã, facilitando a retirada das forças americanas do Afeganistão e encerrando formalmente a guerra mais longa da história dos Estados Unidos, iniciada em 2001 (G1, 2020).


O mesmo ano testemunhou um marco significativo com os “Acordos de Abraham”, mediando a normalização de relações diplomáticas e econômicas entre Israel e quatro nações muçulmanas: Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Sudão e Marrocos. Estes acordos foram considerados uma das maiores realizações diplomáticas da administração Trump, embora também tenham gerado controvérsias devido a incentivos diplomáticos e militares envolvidos nas negociações (POLITIZE!, 2020; BBC, 2020).


Arábia Saudita e como ator regional no Golfo


Além da posição de maior economia do Oriente Médio, a Arábia Saudita também ocupa o papel de liderança regional no Golfo Pérsico, especialmente no âmbito do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) — organização que reúne seis petromonarquias árabes, sendo elas: Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Omã, Qatar e Bahrein —.


O conselho foi criado em 1981 por iniciativa de Riad, visando promover a integração regional entre seus estados-membros. Suas maiores conquistas se concentram no campo econômico, como: o estabelecimento de uma área de livre comércio em 1983 e, posteriormente, uma união aduaneira, em 2003.  Em 2001, o bloco anunciou o projeto para criação de uma moeda única, com previsão de concretização para 2010, no entanto, o projeto de união monetária foi adiado, devido ao não requisito de critérios de convergência pelos países membros, mas, principalmente, pela retirada dos Emirados Árabes Unidos em protesto à Hegemonia Saudita, que sediaria a sede do banco central da futura união monetária, e, também, pelo temor de que a integração monetária reforçasse ainda mais a influência saudita sobre políticas econômicas e financeiras regionais.


Gráfico 1. Distribuição do PIB a preços constantes (bilhões de US$) entre os países do CCG

 

Fonte: Elaboração própria, com base nos dados do World Economic Outlook Database do Fundo Monetário Internacional (FMI), 2025.


O estado saudita moderno desempenha um papel central na promoção da integração regional no Golfo, além de atuar como mediador em disputas internas no âmbito do CCG, como demonstra sua participação diplomática na retomada das relações com o Catar e na suspensão do embargo, que resultaram na assinatura da Declaração de Al-Ula, bem como, mais recentemente, na elaboração, em 2024, do primeiro documento que expressa uma visão conjunta de segurança por parte do bloco — uma posição diretamente vinculada à concretização de seus próprios planos de desenvolvimento nacional.


O sucesso dos recentes esforços de transformação socioeconômica do país, exemplificados pela iniciativa ‘Visão 2030’ — que visa, sobretudo, a diversificação econômica para reduzir a dependência do petróleo, a ampliação dos parceiros comerciais e a modernização de diversos setores até 2030 — é indissociável da estabilidade regional. Conflitos no entorno podem limitar a capacidade do país de atrair recursos e investimentos externos necessários à sua concretização. 


Essa ação pode ser vista, não apenas, como um novo plano de reposicionamento internacional do país, mas também, uma séria questão limitadora para sua integração regional no Golfo:  Países Membros do CCG tem uma capacidade restrita de atuação no comércio internacional, apesar de serem ricos em recursos energéticos, possuem relativa carência para o acesso a outros recursos naturais.


Sob a perspectiva econômica, suas oportunidades de atração de investimento externo e formação de uma indústria manufatureira são restritas. Além disso, a formação de um mercado consumidor amplo, como ocorre na UE, é inviável devido à sua população reduzida. Seus planos de diversificação econômica apresentam características muito semelhantes, o que indica que o CCG funciona mais como um facilitador para a integração da Arábia Saudita na economia mundial do que como um bloco econômico plenamente desenvolvido.


Trump 2 e Oriente Médio


Israel e Palestina


Em relação à Palestina, o governo Trump já no seu primeiro mandato adotou medidas que enfraqueceram as relações com a liderança palestina. Em setembro de 2018, ordenou o fechamento da missão diplomática da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) em Washington, alegando falta de progresso no processo de paz. Além disso, os EUA cortaram fundos para a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA), que presta assistência a refugiados palestinos. Em janeiro de 2020, Trump apresentou um plano de paz que previa a criação de um Estado palestino desmilitarizado, com controle de segurança mantido por Israel, reconhecimento dos assentamentos israelenses na Cisjordânia, Jerusalém como capital indivisível de Israel e investimentos econômicos condicionados à aceitação do plano pelos palestinos. O plano foi rejeitado pela liderança palestina, que o considerou tendencioso a favor de Israel e excludente, já que não envolveu representantes palestinos nas negociações.  Após o anúncio do plano de paz, o presidente palestino Mahmoud Abbas declarou o corte de todas as relações, inclusive de segurança, com os Estados Unidos e Israel, afirmando que o plano violava os acordos de Oslo.


Com a volta de Trump em 2025 e a escalada dos conflitos na Palestina, o EUA aumentam seu apoio a Israel reafirmando Jerusalém como capital de Israel. Com o apoio de Trump a Israel voltou a discutir seriamente a possibilidade de anexar partes da Cisjordânia, especialmente áreas que já possuem assentamentos israelenses. Medida que violaria o direito internacional, que considera a Cisjordânia território ocupado desde 1967.


Ainda em fevereiro, a administração Trump apresentou a proposta intitulada “Riviera do Oriente Médio”, que prevê o reassentamento de palestinos em países vizinhos da região ou até mesmo em territórios africanos, como Puntlândia e Somalilândia. A justificativa oficial seria oferecer uma solução para a crise humanitária, transformando a Faixa de Gaza em uma zona de desenvolvimento econômico e turístico. No entanto, a proposta gerou imediata repercussão internacional, sendo amplamente denunciada por organizações de direitos humanos e especialistas em direito internacional como uma tentativa de limpeza étnica, em flagrante violação à Convenção de Genebra e a outras normas de proteção de populações civis.


Em abril, a Casa Branca passou a pressionar publicamente o governo israelense a dar inicio a um cessar fogo, mesmo que breve, devido ao impacto negativo das imagens de destruição na opinião pública internacional, que estava gerando desgaste à imagem de Israel. Em pronunciamento, o presidente Trump chegou a afirmar que “Israel não sabe gerir sua comunicação”, em referência às críticas crescentes nas redes sociais e na imprensa global. No mês de maio, após um atentado contra a embaixada israelense em Washington, atribuído a um ativista pró-Palestina, que resultou na morte de dois funcionários da Embaixada, o governo norte-americano endureceu significativamente a repressão contra manifestações em apoio à causa palestina, sobretudo nos campi universitários. Entre as medidas adotadas estavam o corte de financiamento para instituições de ensino que permitiam protestos, a revogação de vistos de estudantes estrangeiros envolvidos e até a deportação de líderes de manifestações. A justificativa é o combate ao antissemitismo, porém organizações como a Human Rights Watch e a American Civil Liberties Union (ACLU) denunciaram que as medidas violavam gravemente a liberdade de expressão.


Síria e Líbano


Durante a visita de Trump a Riade, em maio de 2025, o presidente americano anunciou que suspenderia todas as sanções dos EUA contra a Síria, atendendo a um pedido do príncipe herdeiro saudita e de aliados regionais(OGLOBO, 2025)(REUTERS, 2025a). A decisão veio junto de um grande pacote de acordos econômicos: além de um compromisso de US$ 600 bilhões em investimentos sauditas nos EUA, foi firmado um contrato de venda de armamentos de US$ 142 bilhões para a Arábia Saudita (Reuters 2025b). Logo em seguida, Trump reuniu-se com o presidente interino sírio Ahmad al-Sharaa – ex-comandante jihadista – e o instou a normalizar laços com Israel (REUTERS, 2025c). Analistas apontam que a retirada das sanções abrirá caminho para maior entrada de ajuda humanitária, investimentos e comércio externo na Síria, acelerando sua reconstrução após anos de guerra (Reuters 2025a). Em Damasco, a medida foi recebida com otimismo: al-Sharaa saudou a iniciativa como “histórica e corajosa”, capaz de aliviar o sofrimento do povo sírio e lançar as bases da estabilidade regional(THE GUARDIAN, 2025b).


Para o Líbano, os efeitos são mais indiretos. Líderes libaneses próximos ao Ocidente, como o presidente Michel Aoun, saudaram a decisão como mais um passo rumo à recuperação síria e à estabilidade regional (REUTERS, 2025a). Em Washington, a senadora Jeanne Shaheen (líder democrata no Senado) comentou que se abre “uma oportunidade de apoiar a Síria – e o Líbano – mantendo o Irã e a Rússia à distância” (REUTERS, 2025a). De fato, a reabertura da economia síria pode beneficiar o Líbano via retomada de rotas comerciais fronteiriças e cooperação energética, embora especialistas libaneses alertem que isso só será concreto se houver estabilidade política interna – caso contrário, o país corre o risco de ficar à margem do novo ciclo de investimentos regionais. No campo militar, observa-se que as operações israelenses contra o Hezbollah no sul do Líbano enfraqueceram temporariamente esse aliado do Irã, aumentando o espaço de manobra americano na região (REUTERS, 2025b).


Imediatamente, as medidas de Trump redesenharam parte do mapa geopolítico do Levante. Espera-se que o fim das sanções atraia capitais do Golfo e do Ocidente para projetos na Síria – inclusive empresas de energia e infraestrutura que já demonstraram interesse em Damasco (REUTERS, 2025a). A médio prazo, a normalização (mesmo que gradual) poderá abrir caminho para negociações de paz: autoridades sírias já sinalizaram abertura a um detente eventual com Israel (REUTERS, 2025a). Caso isso se concretize, a influência iraniana na região (através da Síria e do Hezbollah) tenderá a diminuir, conforme desejado por EUA e aliados (REUTERS 2025a). Em resumo, a visita de Trump proporcionou um impulso imediato de incentivos econômicos à Síria (e indiretamente ao Líbano), e sinaliza uma futura reconfiguração das alianças regionais – embora muito dependa de como os governos sírio e libanês capitalizarão essas oportunidades e das respostas de Teerã e Moscou às novas dinâmicas.


O Processo de Paz no Oriente Médio


É impossível pensar em paz no Oriente Médio sem passar pela questão Palestina. A criação do Estado de Israel pela ONU e as principais potências ocidentais em 1948, com a partilha da Palestina, consolida o que é até o hoje o maior ponto nevrálgico das contradições do mundo atual, sendo Israel o posto avançado do imperialismo no Oriente Médio, para o qual a paz está longe de ser um objetivo. Nem sempre a História foi assim.


Embora hoje já se somam 77 anos de limpeza étnica contra o povo Palestino, com um massacre que se aprofunda, nem sempre existiu hostilidade entre os povos árabes e judeus no Oriente Médio.


 

Imagem: Grupo “A Unidade” em Tel Aviv no ano de 1925.


O registro acima retrata o grupo Ishud (A Unidade) ou Itashat, em árabe, que reuniu militantes judeus e árabes de 1924 a 1929. Um deles é Leopold Trepper, que mais tarde representaria a velha guarda da “Orquestra Vermelha”, na Segunda Guerra Mundial. Leopold Trepper foi um militante comunista de origem judaica do PCUS judeu-polaco no período entre guerras do século XX. Judeu polonês, pedreiro, serralheiro, metalúrgico, mineiro, preso político, imigrante, exilado (Hecheverre, 2023). Quando foge da Polônia, Leopold vai até a Palestina em abril de 1924. Pouco depois, ele relata em um dos capítulos de seu livro “O Grande Jogo”:

“Observei que os proprietários de terras judeus, cuja vida era muito confortável, apenas empregavam nas suas plantações trabalhadores árabes, que exploravam de forma atroz. Durante uma noite falei sobre isso aos meus amigos: — Por que os nossos “empregadores”, que se orgulham de serem bons sionistas, só usam trabalho árabe? — Porque é mais barato para eles. — E por quê? — Simplesmente, porque a Histadrut (Confederação Geral dos Trabalhadores Judeus, fundada em Haifa em 1920) apenas admite judeus nas suas fileiras e obriga os empregadores a dar-lhes um salário mínimo. Por isso preferem recorrer aos árabes, que nenhum sindicato defende. Essa descoberta perturbou profundamente meu tranquilo idealismo. Como jovem emigrante, fui à Palestina para construir ali um novo mundo e agora percebi que a burguesia sionista, imbuída dos seus privilégios, queria perpetuar as relações sociais que queríamos abolir. À sombra da unidade nacional judaica, tropecei mais uma vez na luta de classes.” (TREPPER, L. O Grande Jogo, cap 3, Ed. Ariel, 1977, Barcelona) 


Leopold conta que vai propor a criação do grupo “A Unidade”, que abrangeria tanto judeus quanto árabes, exigindo que a Histadrut (a central sindical judaica) admitisse também em suas fileiras trabalhadores árabes. Em 1927, a polícia judaica, controlada na época pelos ingleses, invade uma reunião do grupo em Tel Aviv, e Leopold é detido e encarcerado em Haifa durante vários meses. Em 1929, Leopold é expulso da Palestina junto com vários companheiros do grupo por decisão do governador inglês (Hecheverre, 2023).


Essa breve experiência histórica provou que a única paz possível no Oriente Médio definitivamente não virá das potências ocidentais que criaram Israel e iniciaram a Nakba que já dura 77 anos. O cessar-fogo anunciado por Trump no início de seu segundo mandato não era mais do que uma tentativa de acalmar as tensões em um país que se tornou palco de algumas das maiores manifestações estudantis das últimas décadas, com acampamentos em centenas de universidades contra o massacre do povo palestino por Israel e o financiamento ao genocídio levado a frente tanto por Biden quanto por Trump. Não demorou muito pra iniciar seu plano de perseguição em massa contra as universidades, com deportação e prisão de estudantes, para além do seu novo plano em Gaza e a recente intervenção por meio da “Gaza Humanitarian Foundation”, uma organização criada pelos EUA e Israel que tem promovido campos de concentração de palestinos para entregar porções de ração em Gaza (Al Jazeera, 2025). Para receber a porção, os palestinos precisam passar por reconhecimento facial. Não é ajuda humanitária: é controle. 


A visita de Trump à Arábia Saudita sendo a primeira visita internacional de seu mandato é um sinal de que seu objetivo, longe de ser a paz, é continuar aprofundando o imperialismo na região por meio de acordos econômicos, comerciais, militares e diplomáticos desiguais com os principais aliados dos EUA. A breve experiência histórica do grupo “A Unidade” na década de 1920 mostrou o caminho que realmente pode arrancar o fim das guerras imperialistas na região do Oriente Médio, em que judeus e árabes convivam pacificamente: a unidade das fileiras das classes trabalhadoras judaicas e árabes  e sobretudo das sociedades civis de todo o mundo. 


Referências:


1. ACLU. Timeline: The Muslim Ban. Disponível em: https://www.aclu-wa.org/pages/timeline-muslim-ban. Acesso em: 17 maio 2025.


2. AGÊNCIA BRASIL. Governo Trump anuncia novas sanções contra o Irã. Brasília, 2017a. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2017-02/governo-trump-anuncia-novas-sancoes-contra-o-ira. Acesso em: 17 maio 2025.


3. AL JAZEERA. Trump’s Legacy in the Middle East: More Chaos, More Division. Doha, 2021. Disponível em: https://www.aljazeera.com/. Acesso em: 22 maio 2025.


4. ALI, Layla. Gulf Cooperation Council (GCC): Regional Integration, Achievements, and Challenges. GRC – Gulf Research Center, 2023. Disponível em: https://www.grc.net/single-commentary/234. Acesso em: 26 maio 2025.


5. BBC. Trump Middle East Peace Plan: What’s in it and why it matters. Londres, 2020. Disponível em: https://www.bbc.com/news/world-middle-east-51288218. Acesso em: 23 maio 2025.


6. CENTER FOR SECURITY STUDIES. The U.S. Travel Ban and the Rule of Law. Zurich: CSS ETH Zurich, 2018. Disponível em: https://css.ethz.ch/content/dam/ethz/special-interest/gess/cis/center-for-securities-studies/pdfs/CSSAnalyse233-EN.pdf. Acesso em: 17 maio 2025.


7. CHRISTOU, W. Trump meets Syria’s ‘attractive, tough’ president after lifting US sanctions. The Guardian, 14 maio 2025. Disponível em: https://www.theguardian.com/us-news/2025/may/14/trump-meets-syria-president-after-lifting-us-sanctions. Acesso em: 21 mai. 2025.


8. CNN BRASIL. Trump se encontra com presidente interino da Síria na Arábia Saudita. CNN Brasil, 14 maio 2025. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/trump-se-encontra-com-presidente-interino-da-siria-na-arabia-saudita. Acesso em: 21 mai. 2025.


9. DEUTSCHE WELLE. Trump apresenta plano de paz para o Oriente Médio. 28 jan. 2020. Disponível em: https://www.dw.com/pt-br/trump-apresenta-plano-de-paz-para-o-oriente-m%C3%A9dio/a-52180951. Acesso em: 23 maio 2025.


10. EL PAÍS BRASIL. ISIS: Trump anuncia morte de al-Baghdadi, líder do Estado Islâmico. 2019. Disponível em: https://brasil.elpais.com/internacional/2019-10-27/isis-trump-anuncia-morte-de-al-baghdadi-lider-do-estado-islamico.html. Acesso em: 17 maio 2025.


11. FOLHA DE S.PAULO. EUA atacam Síria em retaliação a ataque com arma química. 2017. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2017/04/1873712-eua-atacam-siria-em-retaliacao-a-ataque-com-arma-quimica.shtml. Acesso em: 17 maio 2025.


12. G1. Trump reconhece Jerusalém como capital de Israel e ordena mudança da embaixada. 2017. Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/trump-reconhece-jerusalem-como-capital-de-israel-e-ordena-mudanca-da-embaixada.ghtml. Acesso em: 17 maio 2025.


13. GULF COOPERATION COUNCIL. Gulf Cooperation Council vision for regional security. [S.l.]: Gulf Cooperation Council, 2023. Disponível em: https://gcc-sg.org/ar/MediaCenter/DigitalLibrary/Documents/27848330-555a-4a7d-9a6c-206b797fd2f9.pdf. Acesso em: 24 maio 2025.


14. HECHEVERRE, Hugo. Palestina: Quando trabalhadores árabes e judeus lutaram juntos. 2023. Disponível em: https://www.esquerdadiario.com.br/Palestina-Quando-trabalhadores-arabes-e-judeus-lutaram-juntos. Acesso em: 24 mai. 2025.


15. HUMAN RIGHTS WATCH. Born Without Civil Rights: Israel’s Use of Draconian Military Orders to Repress Palestinians in the West Bank. Nova York: HRW, 2019. Disponível em: https://www.hrw.org/. Acesso em: 22 maio 2025.


16. INTERNATIONAL MONETARY FUND. World Economic Outlook Database: April 2025 Edition. Washington, D.C.: IMF, 2025. Disponível em: https://www.imf.org/en/Publications/WEO/weo-database/2025/april/weo-report. Acesso em: 24 maio 2025.


17. O GLOBO. Trump anuncia que vai retirar sanções contra a Síria durante fórum na Arábia Saudita. 13 maio 2025. Disponível em: https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2025/05/13/trump-anuncia-que-vai-retirar-sancoes-contra-a-siria-durante-forum-na-arabia-saudita.ghtml. Acesso em: 21 mai. 2025.


18. POLITIZE!. Entenda o acordo histórico anunciado entre Israel e Emirados Árabes. 2020. Disponível em: https://www.politize.com.br/entenda-o-acordo-historico-anunciado-entre-israel-e-emirados-arabes/. Acesso em: 17 maio 2025.


19. SAUDI ARABIA. Vision 2030. [S.l.: s.n.], 2025. Disponível em: https://www.vision2030.gov.sa/en/overview. Acesso em: 24 maio 2025.


20. SAMAAN, Jean-Loup. The GCC’s Joint Security Vision: Reading Between the Lines. Gulf International Forum, [s.l.], 9 maio 2024. Disponível em: https://gulfif.org/the-gccs-joint-security-vision-reading-between-the-lines/. Acesso em: 24 maio 2025.


21. THE NEW YORK TIMES. Trump and Netanyahu Cement Their Relationship at Palestinians’ Expense. Nova York, 2020. Disponível em: https://www.nytimes.com/. Acesso em: 23 maio 2025.


22. TREPPER, Leopold. El gran juego. Barcelona: Ariel, 1977. 372 p.

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