Intervir ou não intervir? Desdobramentos e questões de (mais uma) missão de paz patrocinada pelos EUA no Haiti

Em outubro de 2022, o primeiro-ministro haitiano Ariel Henry foi autorizado a pedir uma intervenção humanitária e militar após o aumento da violência armada por gangues e um surto de cólera no país. O Secretário-Geral das Nações Unidas, Antônio Guterres, pediu ao Conselho de Segurança (CSNU) que considerassem o envio de forças internacionais ao Haiti no mesmo ano. Continuar lendo Intervir ou não intervir? Desdobramentos e questões de (mais uma) missão de paz patrocinada pelos EUA no Haiti

Por que chamar genocídio de genocídio?

No atual cenário do conflito entre Israel e Palestina, a distinção entre guerra, conflito e genocídio torna-se crucial para uma compreensão mais aprofundada das complexidades envolvidas. A guerra, por definição, implica um confronto armado entre nações ou grupos, caracterizado pelo uso da força militar para alcançar objetivos específicos. No entanto, é imperativo reconhecer que a nova escalada de violência perpetrada por Israel contra Gaza apresenta uma disparidade gritante no potencial bélico entre os dois lados, com os palestinos enfrentando desafios significativos para se defenderem diante da força militar de um Estado soberano. Continuar lendo Por que chamar genocídio de genocídio?

A recente hegemonia brasileira na Copa Libertadores da América

A crise que se abate sobre as principais economias da América do Sul, aprofundada pela pandemia e pela Guerra na Ucrânia, se expressa também nos estádios de futebol. Com o título do Fluminense, conquistado em cima do Boca Juniors (ARG) no dia 4 de novembro, o futebol brasileiro chegou a sua quinta conquista consecutiva da Copa LIbertadores da América, evidenciando o enfraquecimento do futebol uruguaio, que não chega sequer a uma final desde 2011, e que tem a migração precoce de jovens talentos para a Europa como fator que contribui para tal. Do outro lado do rio da Prata, times argentinos enfrentam dificuldades semelhantes, sobretudo por conta da fragilização financeira dos clubes, o que os insere em uma realidade completamente diferente de quando eram dominantes no continente, entre os anos 1960 e 1990. Continuar lendo A recente hegemonia brasileira na Copa Libertadores da América

Guiana Francesa: a última colônia das Américas

Na fronteira norte do Brasil, onde a cidade de Oiapoque se encontra com a Guiana Francesa, desenrola-se uma narrativa que transcende séculos de história e molda o presente de uma região marcada por uma dualidade aparentemente improvável. A Guiana Francesa, muitas vezes esquecida nos anais do colonialismo, emerge como a última colônia das Américas, um território que se reinventa entre suas raízes históricas e uma nova era de cooperação internacional, contando com cerca de 30% de brasileiros em sua população. Continuar lendo Guiana Francesa: a última colônia das Américas

África e a expansão dos BRICS 

Descubra a trajetória dos BRICS desde a Conferência de Bandung em 1955 até sua expansão recente com a inclusão da Etiópia. Este artigo analisa a formação do bloco como uma alternativa ao domínio do Norte global e explora as implicações econômicas e políticas para os novos membros, como a Etiópia, enfrentando desafios pós-pandêmicos e conflitos internos. A situação do Egito sob a liderança de Abdel Fattah el-Sisi é examinada, destacando as oportunidades que a associação aos BRICS pode oferecer em meio a desafios econômicos recentes. Continuar lendo África e a expansão dos BRICS 

Acordo Mercosul-UE: passado e futuro

O acordo Mercosul-União Europeia ainda não saiu do papel. Após 20 anos de negociações, seu destino é uma incógnita.
O que é esse acordo? É uma iniciativa que tem como objetivo um conjunto de medidas para fortalecer as relações entre os dois blocos econômicos. A União Europeia foi fundada em 1992 com a assinatura do Tratado de Maastricht e é composta atualmente por 27 países membros do continente europeu. O Mercosul, fundado em 1991, é composto hoje por Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. Ambos os blocos estão desde 1999 buscando firmar um acordo de livre comércio abrangente. Em 2019, foi fechado um acordo entre ambos os blocos.
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Giro ambiental: Mercado de carbono no Brasil; Cúpula das três bacias; e novo Financiamento ONU-BNDES no Semiárido

Destacamos três pontos cruciais para a sustentabilidade ambiental no Brasil: o mercado de carbono, a parceria ONU-BNDES para projetos no Semiárido e a participação brasileira na II Cúpula das Três Bacias. Abordando desafios e oportunidades, destaca-se a complexidade da regulamentação do mercado de carbono, a potencial influência positiva da parceria no Semiárido e questionamentos sobre a eficácia da cúpula global devido à ausência de alguns líderes. Continuar lendo Giro ambiental: Mercado de carbono no Brasil; Cúpula das três bacias; e novo Financiamento ONU-BNDES no Semiárido

Por que o Brasil segue ambíguo diante do genocídio palestino?

EM DEZ MESES, o governo Lula mudou a face do Brasil. Saímos de um governo fascistizado e obscurantista, responsável por centenas de milhares de mortos na pandemia e por nos tornarmos párias no sistema internacional, e voltamos a tempos menos infames. No entanto, a administração federal mostra seus limites ao não entrar em nenhuma bola dividida na seara política e econômica e ao ceder a todas as pressões da direita e da extrema-direita. Continuar lendo Por que o Brasil segue ambíguo diante do genocídio palestino?